sábado, 23 de maio de 2009

Untitled.





"Call me a coward but I can´t take it anymore."

É, estou triste hoje... na verdade, tenho me sentido assim faz um tempo já. Confuso e sem saber que rumo tomar. Detesto me sentir assim. Detesto toda essa insegurança, todo esse mistério sem saber o que o destino me reservou no futuro e se este futuro está próximo. Infelizmente, percebi que não vivi o presente. E este, agora é passado.

Que sensação estranha; Aperto no coração. Faz um bom tempo que tenho sentido isso. Mas não sei nem no que pensar. No que falar e no que sentir. Mas sabe quando você se sente desorientado e naqueles dias em que pensa que tudo a sua volta não faz sentido. Hoje realmente estou precisando de um colo, de um abrigo, de um abraço que me faça sentir protegido. Estou precisando ouvir palavras confortantes, palavras sinceras... Precisando de carinho, de atenção e de amizade verdadeira. Esta, eu sei que tenho, e agradeço sempre por tê-la.

Estou evasivo e chato, quase que insuportável. Sei disso. Final de semana chegou. Queria poder viajar, mas não tenho dinheiro e terei duas provas nessa semana; Será uma seqüência de provas. Enfim, na verdade, minha vontade é de me enfiar nos lençóis e viajar, mas nos meu pensamentos... Quem sabe não consigo achar alguma resposta para tantos pontos de interrogações? Sei lá, sou tão confuso que às vezes nem eu me compreendo. Ás vezes dócil e ao mesmo tempo repugnante. Por que tenho que ser assim? Ao mesmo tempo em que estou envolvido, estou longe. Porque isso tudo? Acho isso tudo tão inexplicável que faço coisas sem pensar "pensando"...

Mas hoje pensei demais e recapitulei minha vida nos últimos meses. O que quero? O que estou desejando? Não sei, mas acho que o fato de ser gentil, educado e tão “aberto” acaba me criando problemas. Acho que tenho que ser mais duro, fechado. Geralmente tento esconder meus sentimentos, parecer forte e inatingível. Mesmo assim, eu acabo os deixando transparecer, não tem jeito. Por mais que eu tente, não consigo ser falso.
Eu tenho pensado muito mesmo na minha vida. Principalmente nesses momentos, que estou sozinho. Não nasci pra ser sozinho! Muitas pessoas conseguem, mas eu, por mais que tente, não consigo ser assim.
À noite, geralmente quando estou sem sono (como hoje) sinto mais falta ainda de ter alguém ao meu lado. Aquela pessoa pra quem mandar mensagens ou ligar, nem que seja apenas pra dizer que está com saudades ou que ama. Clichê! Eu sei. Às vezes penso que se eu não fosse assim, tão... sei lá... romântico, as coisas seriam muito mais fáceis. Sair “pegando” sem pensar em amor. Talvez assim, eu fosse muito mais feliz. Mas não adianta. Por mais que eu pense assim, e tente ser assim, não consigo.

Falam-me que eu vou ser muito feliz um dia, mas eu chego até a me questionar sobre isso... Eu tenho escutado uma música que até me arrepia em uma parte: “Well, open up your mind and see like me.
Open up your plans and damn you're free! Look into your heart and you'll find love, love, love.”. Essa parte, “Caramba, você é livre!” sempre me arrepia! Por mais que eu tente acreditar nisso, eu sinto um vazio. E por mais que eu tente preenchê-lo, não consigo.

Acho que o que devo fazer é parar de pensar nisso. Isso só tem me feito mal. Talvez eu deva abstrair. Dizem que quanto mais se procura, mais longe fica. Quantas vezes já pensei em fazer isso... tipo, “fuck off it all!”. Mas tudo sempre acaba assim: eu mal, quase explodindo...

Estava precisando disso, desabafar. Isso tudo já estava entalado na garganta. Ainda que ninguém leia isso aqui, eu arranjei um jeito de tentar externar tudo isso.

Lembrar de não escutar:
- Vento no Litoral – Legião Urbana
- Hate that I love you – Rihanna & Chris Brown
- No One – Alicia Keys
- Apologize - One Republic

Eduardo Grillo

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Once...

Estava em casa deitado na rede lendo um livro. O dia era ensolarado, porém não estava muito calor, estava um clima agradável. Viajando em sua leitura, ele não se preocupava com nada ao seu redor, estava completamente entregue àquelas letras impressas nas páginas. Porém, de repente, sua tranqüilidade foi perturbada pelo toque do seu celular. O susto foi grande! Procurou o aparelho, e enquanto se acalmava, olhou para ver quem estava ligando. Desta vez, seu susto ao ver o nome escrito na pequena tela foi ainda maior que o anterior; o nome que estava aparecendo ali em simples letras brancas era conhecido e querido... Mas inesperado. Atendeu. Do outro lado da linha, ela, como sempre muito doce, e, do lado de cá, ele já sentado na rede ainda surpreso. Conversaram, falaram um pouco de suas vidas, as novidades, lembraram um pouco do passado, que, diga-se de passagem, foi um momento muito bom... Depois de alguns minutos de conversa, ele pergunta:

- Então, onde você tá agora?

E ela, meio que sem jeito, responde rápido e “pra dentro”, mas ainda assim compreensível:

- Na casa do meu namorado...

Conversaram mais um pouco, se despediram prometendo que ainda se falariam outras vezes e desligaram. E agora, já livre de seu “mundinho” tranqüilo de antes da ligação, cantava baixinho, quase que sussurrando, uma música bem conhecida por ele, que vinha de algum lugar que ele não sabia onde... Pra falar a verdade, nem percebia que cantava.

- “Toda rosa é rosa porque assim ela é chamada; Toda Bossa é nova e você não liga se é usada. Todo o carnaval tem seu fim...”

Tocou uma bateria no ar, finalizando o trecho com uma batida no prato imaginário. Pegou seu livro e folheou, tentando lembrar onde parou e voltar para o seu “mundinho”.

Eduardo Grillo